{Layane Cristina Rodrigues Nunes}

Artesã de Filé do grupo de Jaguaribe – CE

Nascimento: 28/03/1997

Região: Jaguaribe – CE, Brasil

Grupo: Sítio Ipueiras

Tipologia: Renda de Filé


{Região Jaguaribe}

Estado do Ceará | Brasil

Nº de Habitantes: 77.111 pessoas

Bioma: A vegetação predominante é Caatinga.

Trabalho e rendimento: Segundo o IBGE, em 2020, o salário médio mensal era de 1.9 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 11.5%. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 50% da população nessas condições.

População ocupada: 11,5%

Percentual da população com rendimento mensal de até 1/2 salário mínimo: 50%

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM): 0,621

Território e Ambiente: Apresenta 54% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 95.1% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 0.3% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).

+ Sobre a região:

Feiticeiro é um distrito da cidade de Jaguaribe, estado do Ceará. Fica a 300 quilômetros de Fortaleza e possui registros de ocupação que datam do século XVIII. O nome do distrito surgiu a partir do riacho de mesmo nome, localizado na região. Em tempos de seca, o riacho de Feiticeiro (também chamado de Jatubarana) permanecia com água e cercado por uma área verde, levando os moradores a afirmarem que o riacho possuía “feitiço”.

Feiticeiro possui um comércio relativamente bem desenvolvido, e apresenta produção e venda de artesanato, como a renda de filé, e de queijo coalho, duas atividades que serão IGs (Indicações Geográficas Brasileiras) do SEBRAE.

A renda de filé chegou ao município de Jaguaribe na década de 40, pelas mãos de dona Chiquinha Fernandes Távora, viúva de um francês, que retornava da Ilha da Madeira onde aprendeu a atividade artesanal que tem sua origem na Europa. No seu casarão em Jaguaribe, abriu um ateliê para ensinar, de forma gratuita, a quem quisesse aprender a fazer a tela e a tecer o fio cru de algodão, sua cor natural, os pontos: o doido, o carel e o cerzido – até hoje utilizados.

O filé é um trabalho de tecelagem manual, sobre uma base em rede, denominada malha. Primeiro, a malha é preparada na “tabuleta”(pedaço de madeira da largura desejada) com uma agulha bem parecida com a utilizada para confeccionar a rede de pescar, embora menor e mais fina. Depois de pronta, a malha é esticada na grade para ser bordada, com precisão e cuidado.

+ Sobre o grupo de artesãs de Jaguaribe:

A Associação dos Artesãos do Sítio Ipueiras, Curral Novo e Córrego das Pedras (IARTE), coordenado por Marta (Maria Alves), possui sede própria, onde realizam suas reuniões mensais e dividem o trabalho e as decisões. Um local arejado, amplo, com cozinha, banheiros e salas.

Foi formalizada apenas em 2013, mas seus associados já trabalham juntos há décadas. São, atualmente, 31 mulheres e 02 homens, que dividem suas atividades entre a renda, o trabalho doméstico, estudos e a agricultura.

{+ sobre o projeto Travessias Artesanais}

Movidas pelo compromisso de nutrir e valorizar os saberes artesanais do nosso lugar, a Catarina Mina se uniu ao SEBRAE-CE para fortalecer essa rede com o projeto Travessias Artesanais. Ao longo do ano, vamos acompanhar grupos de artesãs de 6 diferentes cidades: o labirinto do Aracati, a renda de bilro do Trairí, o filé de Jaguaribe, o crochê de Curral Grande, o trabalho em fibra de croá de Tianguá e o artesanato em palha de carnaúba em Sobral. O objetivo do projeto é ampliar o alcance sobre as potências criativas do Ceará e propor novos olhares para esses fazeres, junto de designers convidados para desenvolverem coleções de produtos com os grupos. É só o começo de um projeto que deseja mapear, se aprofundar no artesanato, nas mulheres artesãs do nosso Ceará.

Saiba mais em: www.catarinamina.com/travessias-artesanais

{+ sobre o projeto #umaconversasincera}

Se a base do nosso trabalho é a conversa, ela não pode acontecer só da porta pra dentro. Conversa que é boa transpõe a janela, faz caminho pra outra freguesia.

#umaconversasincera é quando: você sabe quem faz sua bolsa, fio a fio dos charms, quem passa a corrente, costura o forro. Você sabe quem desenha, inventa, fotografa, escreve, manda bolsa pra Camila, Nicole, Bia, Thay, torce pra que elas usem a marca e queiram a causa do artesanato pra si. Você sabe quem faz a newsletter, a produção. Você sabe quem lá em Itaitinga junta gente ao redor e ensina a arte de enlinhar, de entrelaçar, o bordado, a tapeçaria, a costura manual. Quem do Morro Santa Terezinha vê o movimento de casa, enquanto faz a receita no caderno do crochê. Você sabe quem embala. De quem são as unhas vermelhas nas fotos, quem está por trás do acompanhamento dia a dia. Você sabe tudo sem perguntar a ninguém, temos os custos abertos. É por isso que todo mundo (colaboradores, artesão e consumidores) é um pouco sócio da Catarina Mina, canta junto, faz ciranda. Apostar nessa ideia faz da gente um de vocês, faz de você um dos nossos. Então a proposta é que nos próximos dias mais do que nunca, você junto com a gente faça parte desse projeto.

{Nossos valores}

# Custos Abertos + Transparência
# Produto Artesanal
# Compre do pequeno
# Respeito na produção
# Economia afetiva
# Feito no Brasil
# Pensamento em rede
# Consumo consciente
# Eco-friendly
# Design atemporal
# Valorização da cultura local